Até, pois.

[only for me]

Se nenhumas mãos te estendesse, nenhumas mãos te sofregaria. Como se tas estendesse jamais as veria: as mãos e o que elas não acolheriam. Delas faço um único uso: conforto os meus bolsos. Sem poder apontar para o olhar vazio dum limiar cego e abrupto. Por isso, inerte estarei. Até que lá - sim lá - tudo inerte continue e perdure. Qual vazio, cortante e agreste, que tudo é e tudo parece. Até, pois.

Comentários

Su disse…
as mãos....que não sejam um simples conforto para os bolsos-----


sempre as mãos

jocas maradas
Rui Caetano disse…
bonito, profundo e muito sugestivo.
rogério sousa disse…
su: ser conforto já é. é, ainda assim, melhor do que não ser. jocas, pois.
rui: obrigado pelos adjectivos.
Eurydice disse…
Gostei. Muito expressivo e tocante.
A tempestade acaba em bonança. Sempre!
Às vezes, é preciso lembrar isto!...:) Porque "é pelo sonho que vamos".

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