é assim!
Responsabilidade
in Diário Cidade.
Responsabilidade
Passadas que são algumas semanas sem escrever – do que me penintencio –, eis que já somos, agora, chegados ao pós-anúncio das (provisórias) traves mestras das ditas medidas de austeridade com que o novo ano nos mimoseia.
Serve tal circunstância – e não é nada que verdadeiramente não se devesse expectar depois de décadas de enreigado, persistente e indisfarçável folclore e contínuo engodo para acéfalos, feito de betão, pão e água, com que muitos (a maioria e muitas das maiorias das minorias) se deixaram moldar – para centrarmo-nos num conceito filosófico essencial, e não na pequena e corriqueira realidade, qual seja o da Responsabilidade.
O qual conceito, e sua consequência, que, por estes tempos, assaz queima, muito mais que lume. É limitar-se a vê-los, pois, a sacudir a água do capote com a maior desfaçatez, quando se impunha precisamente o inverso.
De facto, a responsabilidade (cuja origem linguística provem do grego (“respon” = independência) e do latim (“sabili” = sábio) determina e impõe, no essencial, que cada um, na sua inerente subjectividade, responda pelas suas próprias acções.
E sempre que as suas condutas e escolhas sejam, como devem ser e por norma são, produto exclusivo (maior ou menor) do seu livre-arbítrio (e, portanto, da livre determinação, vontade e liberdade também).
E isto independentemente da concreta tipologia de responsabilidade que, em cada momento, nos defrontemos e da intensidade com que as mesmas se revelam.
Significa, portanto, que sem a assunção plena da responsabilidade de cada Um – e a moda é, ao invés, a de alijar “ad nauseam”, apesar de que responsabilidades existem que jamais e em tempo algum se pode alijar e que pode-se ter por certo e seguro que a seu tempo a factura rendilhada ser-nos-á rendida sem apelo nem agravo – o Ser ontologicamente involui.
Quando só Lhe cabe naturalmente evoluir.
Paradoxal, como se vê.
in Diário Cidade.
Comentários
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Beijinhossssssss