Mamarracho.

"Mamarracho vai para a frente.
Apesar dos vários protestos da população o empreendimento que está a ser construído no Caminho do Amparo obedece ao Plano de Urbanização para aquela zona.
Com 7 andares e aproximadamente 250 fogos para venda, o edifício que está a ser construído na confluência do Caminho de São Martinho com o Caminho do Amparo já é considerado a maior aberração arquitectónica da cidade. Os moradores da zona queixam-se da enorme volumetria do edifício e da falta de equilíbrio com o meio envolvente. A falta de varandas e as "grades" nas janelas minúsculas já fizeram mesmo com que o mamarracho, como é chamado, fosse comparado a uma prisão. «É inqualificável. Parece um "bunker"», acrescentou António Ferreira, residente na Nazaré.
Promovido pela empresa privada "Habitecomad, Habitações Económicas da Madeira", trata-se de um projecto de habitação a custos controlados. Como tal, ao abrigo do Programa de Habitação Económica, cabe à Investimentos Habitacionais da Madeira indicar e apoiar famílias para adquirirem 48 dos apartamentos a construir. Como explicou, ao DIÁRIO, Paulo Atouguia, presidente da IHM, os restantes apartamentos deverão ser vendidos pelo promotor, sob fiscalização do Instituto Nacional de Habitação, aos preços da habitação a custos controlados. O presidente da IHM defendeu, ainda, que desde que estejam cumpridas todas as condições que determinaram o licenciamento camarário e a homologação técnica do projecto pelo Instituto Nacional de Habitação, estes serão espaços onde as pessoas poderão ter uma boa qualidade de vida.
Efectivamente, e tratando-se de uma obra particular, o projecto foi sujeito às regras gerais de licenciamento da responsabilidade da Câmara Municipal do Funchal, em todos os aspectos urbanísticos, arquitectónicos e de cumprimento das normas legais aplicáveis. No entanto, o vereador do Urbanismo, João Rodrigues, preferiu não responder se, hoje, a actual vereação licenciaria esta obra. «Se me perguntar se, em termos de arquitectura, é o tipo que mais me agrada, eu digo-lhe que não», acrescentou. Ainda assim, sustentou o vereador, o projecto vai para a frente porque respeita o plano de urbanização do Amparo, considerada uma zona de alta densidade e cuja construção pode ir até aos 7 pisos habitacionais. «A Câmara Municipal aprova um prédio dentro dos parâmetros que existem em termos de Plano de Urbanização. Só pode ser aprovado nessa base. Nem mais nem menos», disse. Admitindo que para além da sua funcionalidade, um edifício tem uma obrigação estética, João Rodrigues realçou que esta é, ainda assim, relativa e depende de pessoa para pessoa. Agora, realça, tudo o que não estiver de acordo com o Plano Director Municipal não será licenciado." Ana Teresa Gouveia. DN.

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